segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O alquimista. (Sobre a LIBERDADE e todas as outras coisas...)

É engraçado como a vida nos prega peças, não?
Muitas vezes procuramos por algo que está bem á nossa frente, bem em baixo dos nossos narizes...
Mas mesmo assim preferimos dar a meia volta e marcha para longe... Por trilhas vulgares que em muitas vezes não nos levará á lugar algum...
Corriqueiramente nos pegamos culpando os outros por nossos enganos, quero dizer isso torna-se tão normal que se quer nos damos conta de quando agimos assim.
Vivemos em média agarrados as nossas lembranças, as verdades que foram embora e as promessas que se quebraram, nunca nos contentamos com o que nós possuímos, queremos sempre mais, como se já não bastasse o 'dia das mães', 'dia dos namorados*', 'dia dos pais', 'dia das crianças' o NATAL! entre outros...
Para cada coisa há um dia, e o significado acaba sendo sempre o menos importante no final, e o comercio totalitário e egocêntrico sempre acaba com toda a notoriedade da coisa.
Há mães e pais levando os filhos á escola todos os dias, há namorados andando no parque e trocando carícias todos os dias, há crianças brincando e sorrindo todos os dias, Jesus nasce no coração de cada um a cada instante que se passa...
Não precisamos disso, mas usamos isso como um álibi* para sempre termos MAIS e MAIS...
Não sei onde iremos chegar com tudo isso... com toda essa ganância que nos move e move o mundo onde vivemos...
O álcool, cigarros, o dinheiro, aparência, a televisão e a internet, a religião e o futebol, guerras! e todo tipo de merda para lhe manter exatamente onde querem...
Bem distante do que você realmente é!
Como conseguiremos encontrar a cura, a felicidade o amor e a LIBERDADE longe de nós quando nem se quer nos damos conta de como isso está tão próximo de nós?
Parece complicado não é? Mas não é...
Comum do ser-humano sempre complicar a situação em que se vive.
Para encontrarmos o que realmente queremos devemos primeiramente saber o que há de melhor dentro e próximo de nós, só assim para alçar voo para um caminho onde conseguiremos o que está longe do nosso alcançe.

'A verdadeira LIBERDADE é a capacidade de agir guiado pelo coração, e não compelido por desejos e hábitos.'

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

The smile of each morning.

Alvora, e mais um dia insiste em me acordar.
Para quê? para escutar os mesmos clichês de sempre talvez...
Saio na rua e antes mesmo de dobrar a esquina já tem alguém tentando me vender alguma coisa, seja um empréstimo consignado, cartões de créditos ou de qualquer outra loja, cursos, tratamentos odontológicos, vejo anúncios em parabrisa de carro, recebo panfletos e um deles traz o seguinte "JOGA-SE BÚZIOS, TRAGO A PESSOA AMADA EM ATÉ 7 DIAS" e qualquer outra merda!
Sempre tem alguém tentando nós comprar, sempre tem alguém tentando vender a resolução dos nossos problemas já percebeu isso? eu já...
Nas ruas da cidade há o mesmo caos de sempre você sabe, barulho, carro, poluição, engarrafamento!
Sem contar essa tal guerra urbana que parece crescer a cada dia que se passa, pessoas correm amedrontadas das grandes balas de ferro, o noticiário relata que já vencemos mas eu acho que não há vitórias em provocar a dor, talvez sim em evitá-las...
E não diga que isso acontece só aqui, pois em todos os lugares está assim... Acho que estamos em uma verdadeira guerra talvez, onde nunca haverá vencedores.  
É engraçado como as pessoas estão sempre com pressa, correndo e tão alvoroçadas, vão indo e vindo mas nunca ficam em algum lugar, sempre querem chegar em algum lugar, talvez seja por isso que muita gente nessa vida nunca chega há lugar algum.
O cheiro de cigarro paira no ar, cheiro de merda e mijo nas principais vias da metrópole, há poluição em todos os lugares, nuvem no céu, mesmo estando tão acima não fica impune disso aqui.
Podridão...
Falta emprego aqui, isso vai faltar sempre...
Falta comida aqui e até mesmo água, falta afeto* grande corporação, pequena corporação.
ATRAÇÃO, BEIJO AMOR...
Falta até as chamadas "boas maneiras" um "bom dia", "obrigado", "como você está?" isso também vai faltar sempre...
Sempre tem alguém tentando nós comprar ou tentando nós vender, sempre vai ter...
Mas nunca existe um rosto...
A placa de aluga-se, procura-se, vende-se na esquina.
Tudo cresce mesmo amontoando, a árvore poderia crescer ali, se ali fosse gramado, não cresce!
Cresce concreto invés disso, escorre feito lama, por tudo quanto é canto.
Cinza para tudo quanto é lado, asfalto, concreto, plástico, metal, rostos enrugados, ninguém sorrindo, todos  preocupados e correndo para algum lugar, todos querendo chegar em algum lugar, mas nunca chegam...
Um desespero de leve de pensar nisso tudo e não ter para onde fugir porque só existe esse mundo aqui...
É... quase não dá pra ver beleza no meio de tudo isso.

 

Quase... = )

domingo, 14 de novembro de 2010

Deslocado


você luta para os seus olhos ficar mais abertos, prestar mais atenção no que você julgar ser o que vale a pena, mas quando os olhos estão mais abertos, ele se cansa do que vê, fica saturado. E o corpo sente a consequência, se arrasta revirando o lixo, tentando encontrar algo que o satisfaça, mesmo se sentindo como se estivesse fora daquela lata, e seu lugar fosse dentro dela.

regular, regular, regular.

Hoje minha cama permaneceu na bagunça desde cedo.
É como se não tivesse nascido o sol aqui, para mim.






quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Insônia

Insônia é como conhecer o inferno em vida, rolando na cama, durante toda a noite, os minutos se arrastam, eu posso sentir eles se afastando lentamente, mil e um pensamentos invadem a cabeça, giro para a direita, tento a esquerda, ou ficar de barriga para cima, nada adianta, fecho os olhos, mais pensamentos, tento me desviar deles, mas não posso, é uma tortura, parece que nunca vai haver fim, no silencio da noite tudo fica vazio, eu não quero me enterrar nesses pensamentos, eles me deprimem, fazem a sensação de agulhas no estômago ficar mais forte, aquele gelo no peito, eu só quero sono, é pedir demais? Me de um pouco desse trago de morte, sem sonhos, não gosto de sonhos, dormir é como experimentar a morte, assim ela é, apenas sono eterno, sabe quando se dorme e não tem sonhos? Apenas aquele vazio, negro, que se estende pelo tempo, paz absoluta, os sonhos, são apenas um aviso da vida, nos dizendo que ainda não morremos, e vamos ter que levantar em breve, pra provar do amargo pão que ela tem a nos oferecer, por vezes os sonhos nos mostram coisas que temos sendo destruídas, outras vezes coisas que queremos muito e provavelmente nunca vamos ter, e também, coisas que perdemos e nunca vão voltar, por isso eu os odeio, eles tiram de mim a chance de provar da morte, de toda aquela paz, do nada, do escuro absoluto, é tão fácil, morrer é tão fácil, difícil mesmo é viver.

Quando o sono vem já é tarde demais, pois já amanheceu outro dia, ele esta lá fora, faminto, ansioso pra tentar nos devorar, e nós vamos baleando um dia atrás do outro na cabeça, assim como o buk fazia, mas é uma luta injusta, um dia ele vai nos pegar, e nós sabemos disso. A sonolência me acompanha durante todo o dia, ironia, mas o que se pode fazer? As marcas no rosto demonstram as noites mal dormidas, movimentos lentos, às palavras falham, a sensação de agulhas continua, mas essa nada tem haver com a insônia, sinto saudade do tempo das borboletas no estomago, hoje as coisas estão piores, horário de almoço, a comida parece serragem caindo bruta e lentamente pela faringe, a epiglote me trai por um minuto e o alimento se desvia para a laringe, perco o ar, praguejo, blasfemo, tudo parece dar errado, e eu só queria dormir por alguns anos, dormir sem parar, sem nenhum sonho, assim como sou, sem sonhos acordado, e muito menos dormindo. Abrir mão do mundo, e das pessoas que tanto me machucam. Hora de ir embora, a sonolência me segue durante todo o final do dia, mas como por mágica, ela some com o chegar da noite, e mais uma vez, o inferno se repete, insônia, agulhas no estômago. E eu tento escrever um texto idiota qualquer a fim de matar o maldito tempo.



Pablo Henrique

domingo, 1 de agosto de 2010

40 Minutos Na Ilha

Me tirem daqui, longe de ti
Leve-me o mais longe que eu puder ir
Me deixe em paz pra que eu possa sentir
Um pouco de saudade e suportar
Pra poder sentir sua falta e aguentar
Muito mais que quarenta minutos
Mais que o tempo de desfazer as malas
Se não fossem meus amigos
O grito dos meus irmãos
A maionese do oficina
As quintas no sala 11
Estaria longe daqui
Distante de ti
Ficaria melhor ou seria pior
Muito mais que quarenta minutos
Queria ficar muito mais
Que quarenta minutos

Projeto Peixe Morto - 40 Minutos Na Ilha

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Para você.

Olha só para você meu amigo, marchando por trilhas vulgares, ocupando-se com meras trivialidades...
Qual o custo de todo esse labor? Aonde você acha que irá chegar afinal?
Você não mudará o mundo agindo assim, mas pode mudar a si mesmo sendo um pouco mais individualista. 
Não os deixe que empurrem nada goela abaixo, sinta essa dor, mas também sinta o amor, se desespere com essa situação que o envolve; sinta a raiva e agonia que percorre dentro você agora, que fluí em suas veias...
E no final... Supere, sobreviva e tenha vontade para sobreviver à próxima tormenta que se aproxima, pois os ventos frios e áridos da próxima estação indicam tempos difíceis.
Há dias que tudo parece estar impregnado e tudo é menos que esse enxame de sensações, tudo é menos que folhas secas caídas pelo chão, tudo é menos que nada...
Sensações que você sente e fingi sentir; alegria, rancor, tristeza, vaidade...
E o que há de vim agora?
Culpa. Mentira. Remorso!
Enfim sua falha reflete no mundo e esse mundo existe entre nós.

(Por: C.R)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

domingo.

Pensamentos ao acaso para domingo, para apenas mais um domingo... 
Quem nunca se sentiu melancólico nesse dia que atire a primeira pedra, acordar e perceber que mais um dia se passou, tudo se inicia novamente, sua rotina volta à tona no dia seguinte, trabalho, faculdade, responsabilidades e deveres...
É engraçado como nos sentimos ás vezes, lutamos tanto por certas coisas...
Coisas essas das quais temos que passar por isso antes, então por que reclamarmos?
Eu não sei você, mas a pior parte do meu domingo é quando fico tão entediado que chego a ficar nostálgico ao ponto de lembrar do meu tempo de infância onde não tinha nada disso para cumprir. 
Você sabe... Trabalho, faculdade, responsabilidades, deveres, enfim a maldita rotina que nos mata a cada dia que se passa.
Lembro de como era bom correr pela rua de terra que ficava em algum lugar
desse país, sem nenhuma restrição e com apenas um objetivo em mente, salvar os meus amigos que foram pegos no jogo de esconde-esconde, não era fácil fazerem as minhas pernas obedecerem, mas quando eu finalmente conseguia era um alívio e eu virava o herói da rua, o herói do meu mundo...
Pena que hoje o asfalto cobriu tudo, não só aquela rua, mas grande parte daquela cidade também.
Às vezes eu me pergunto se era essa a vida que eu queria levar, sendo herói dos meus joguinhos infantis, isso também me faz pensar em uma cúpula onde poderia deixar inexorável todos esses momentos de glória, talvez todas essas pessoas da qual faziam parte do meu mundo perfeito e da qual me fazem falta... Desde a minha professora do primário até aquele valentão da escola que fazia eu ter coragem para enfrentar meus medos. 
Medos dos quais alguns eu ainda carrego sobre as costas...
E não sinto vergonha de admitir isso, quem não sente medo?
Talvez eu tenha ido longe demais... Diabos! o que você tem haver com isso afinal?
Hoje eu não fui à igreja... Mas creio eu que Jesus irá me perdoar por isso...
Preferir dar uma volta pelo quarteirão, me sinto bem com toda  essa monotonia de domingo, torna-se tudo tão irônico, comparado com o que vai ser no dia seguinte com...  Você sabe...

Cláudio Rozendo 
Domingo, horas de domingo, minutos de domingo

domingo, 4 de julho de 2010

Pois é buk, Pois é.

Todos nos temos nossos infernos pessoais, aquilo que nos segue no dia a dia, tirando nossa paz, nos entristecendo, e eu, como grande amaldiçoado pelos deuses que sou, ando repleto deles, em especial um que me segue há anos, esta na minha cabeça quando vou dormir, durante meus sonhos, e esta lá, a primeira coisa que penso quando acordo claro, antes de por o pé no chão e pensar “Ah merda, e agora?”. E assim como hoje, o sonho ruim, fez com que meu dia fosse melancólico, pensei em fugir, optar pela bebida, mas mal estava eu curado de uma ressaca daquelas, é Bukowski, sou uma vergonha, não tenho a sua força.

É claro, afinal sou um humano, embora não pareça, ainda sinto coisas, posso sentir dor se me atirar uma pedra, posso ainda, embora raramente, ser atingido por palavras, diabos, o que afinal você pensaria de mim? Que sou uma pedra de gelo? Que não tenho sentimentos? NÃO. Eles ainda estão lá, eu apenas desisti deles, estão guardados, empoeirados, os deixo ali, no cantinho, quietos, quem sabem um dia eu possa usar alguns novamente. E sei que muitas pessoas ainda são assim, tentam parecer frias, egoístas, impiedosas, mas é só para esconder o quão sensíveis são por dentro, Enlouquecem com drogas, sexo e bebidas, para tentar disfarçar o vazio de suas existências, se escondem em suas conchas, pois sem ela, são vulneráveis, eu entendo, pois já sai da minha algumas vezes, e em todas me machuquei, mais ainda não abri mão da minha humanidade, ainda preciso de carinho, de uma boa conversa, de abraços e quem sabe ouvir, mesmo que apenas para agradar um “Vai ficar tudo bem” mesmo eu sabendo que nunca ira ficar bem, todos precisam de alguém em quem confiar... Bom, mas hoje, agora, eu só quero ficar sozinho.

Não tenham medo, saiam de suas conchas, vivam suas vidas, gritem, machuquem, sejam machucados, tudo isso um dia ainda vai servir, é isso que nos faz amadurecer, estamos sozinhos aqui senhores, ninguém nos controla lá do céu, nós somos donos de nossos atos, não permitam que decidam por vós, afinal de contas, somos carne, e sangramos, e depois na morte é só sono eterno, nem ao menos sonharemos, com coisas boas ou ruins, eu no momento, só preciso descansar, ficar aqui no banco, sem minhas pernas, assistindo ao filme ruim de nossas vidas, mas ainda vou voltar a batalha, tenho muito o que viver, tenho muito com o que me decepcionar e quem sabe conquistar, pois eu sei, continuo sensível, ao toque, ao som, eu estou vivo, sou humano, posso sofrer, sorrir, tenho medos, desejos e fragilidades, mas apesar de tudo Bukowski, eu também sou durão.


Pablo Henrique

Velho ranzinza

Pergunto-me se algum dia eu vou escrever algo realmente bom, o problema é esse computador, se eu tivesse uma maquina de escrever, ou soubesse usar papel e caneta, as coisas seriam melhores, os computadores tiraram a virtude de tudo e de todos... Ok, no meu caso, é simples, eu apenas não sei escrever. Mas isso não tira a parcela de culpa dos computadores, eles estragaram uma geração que ja não era tão boa.

Na verdade, essa juventude é um grande monte de bosta, bosta espalhada pelas esquinas, escolas, casas de show, trabalhos, todos os lugares, vivemos numa grande sociedade de bosta, e os computadores tem sua parcela de culpa nisso, é por isso que me tornei mentalmente velho tão rápido, eu não quero fazer parte disso, eu não quero ser jovem, eu não quero fazer parte desse balaio fútil, sem nenhum valor, não vou fazer parte dessa juventude que não questiona que aceita de bom grado tudo que ja vem mastigado pela mídia, tudo que é imposto pelos seus pais, como se os valores deles também não pudessem ser errados.

Eu não quero parecer um rebelde, um pseudo revolucionário de merda, até mesmo por que eu não acredito que algo possa mudar, eu não acredito em revolução, ninguém pode fazer a diferença, ninguém nunca vai mudar o mundo, ou pelo menos nosso país, vamos consumir mentir, destruir até acabar tudo, ou deus voltar tocando flauta em cima de um pogobol e matar tudo e todos, a moda antiga, do jeito que ele adora.

Eu não vejo solução pra isso, por isso, vou simplesmente continuar com minha vida, sendo alheio a tudo e todos, e vocês? Façam o que bem entenderem, e saibam que nunca poderão mudar o mundo, mas podem mudar a vocês mesmos, só existe uma vida, e temos que vive la da melhor forma possível, pois ninguém ira devolver o tempo que jogamos fora, agindo feito maquinas. Eu vou continuar, xingando tudo, mandando tudo pro inferno, intolerante, verídico, uma metralhadora de esterco verbal... Velho ranzinza.


Pablo Henrique

Apresentação

Boa noite pessoal sou o Pablo do blog “meus delírios cotidianos” e a convite do Cláudio Rozendo agora também irei postar no Lamina cega, o que é uma grande honra para mim, participar do blog que venho acompanhando, e admiro muito o conteúdo, minha forma de escrita é semelhante a do Cláudio, os post’s não tem data, nem uma estrutura definida, eles fluem naturalmente, sem se preocupar com tempo ou tamanho, o conteúdo é acido, pois relato meu cotidiano de forma crua e pouco poética , a principio irei colocar alguns textos que já se encontram no meu blog, e pretendo com o tempo colocar conteúdo exclusivo para o lamina cega.

Deixo claro que não sou escritor, sou apenas uma pessoa como qualquer outra, e tenho nisso uma espécie de válvula de escape, e através dos textos que deixo fluir toda minha energia negativa, e tento acalmar a alma portanto, serão poucas, se não nenhuma as vezes que os textos trarão uma mensagem positiva, como diria o saudoso José Saramago "Estamos Afundados Na merda do Mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário".

Espero realmente que gostem dos textos, mas caso contrario todas as criticas destrutivas serão bem aceitas, muito obrigado e até breve.


Pablo Henrique

domingo, 27 de junho de 2010

Desejos que desejam por nós.

Os desejos nos fazem comprar roupas de grifes, aquele celular mais moderno, as maiores TVs, os melhores artigos domésticos, e até carros dos quais não podemos pagar de uma vez só.
Fazem até nos comportamos de uma maneira da qual não costumamos agir ou até mesmo que odiamos.
Afinal de contas, a quem queremos agradar? ou estamos apenas suprindo nossos meros desejos?
Desejos que desabrocham do nada, como se tivessem vindo do ar...
E quando finalmente o realizamos emanamos uma luz e as sombras se levantam em torno de nós, tremulantes e esquivas, mas em seu cerne, tão redondos e fortes quanto barras de ferro sempre querendo vim a desejar mais.
E aquilo que desejamos acaba por nos definir, e assim somos enjaulados por nossos próprios desejos.
Até que num certo anseio repentino largamos nosso único facho de luz nas sombras, abrirmos nossos braços para a perda, e para a lamentação de obter aquilo que não foi alcançado, e nos entregarmos completamente ao vazio.
Até quando essa ânsia pela cobiça e ganância fará desejarmos porcarias das quais não precisamos? Até quando seremos dominados por isso?

“As coisas que você possui acabam te possuindo.
Você só é realmente livre após perder tudo.
Pois ai não terá o que perder, e, enfim, encontrar-se-á livre.”


- Clube da Luta

Cláudio Rozendo
Domingo, 27 de junho de 2010 05:24PM

sábado, 13 de março de 2010

CONFESSIONÁRIO 0.1

... Que droga! estou farto dessa geração... farto de toda religião em que todos se prendem e deixem que isso os carregue, estou farto de todos esses pequenos clubes sociais religiosos que não fazem nenhuma diferença expressiva nem provocam qualquer mudança real, a não ser por suas campanhas sempre exibidas com notoriedade em seus sites de relacionamentos para se encaixarem em um determinado clube.
Procurando salvação podemos encontrar um caminho que leva a uma prisão, o que é bom? o que é mau? o que é a felicidade?
Ele não que seu dinheiro, ele não que sua casa ele não que seu carro...
Para você, ele que sua paz de espírito, sua alegria, e acima de tudo sua liberdade!
Se você não concorda com nada disso que foi expelido, desculpe, esse é o meu ponto de vista, apenas respeite a minha fé, porque não se deve matar a fé do seu semelhante, por mais absurdo que possa ser, e por mais triste e atroz que seja...
Se estou no caminho certo? não sei! sou apenas um garoto ferrado buscando por paz de espírito...
O que eu busco além disso? hmmm... não sei! eu só queria mesmo, era que parasse de doer...

"Rotineiramente desqualificamos testemunhos e exigimos comprovação. Isto é, estamos tão convencidos da justeza de nosso julgamento que invalidamos provas que não se ajustem a ele.
Nada que mereça ser chamado de verdade pode ser alcançado por esses meios."

- Marilynne Robison, The Death of Adam


Cláudio Rozendo
Sem data, sem hora certa

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Bad Apples

Já dizia meu avô: 'Uma maçã podre estraga o cesto inteiro'.
Quem nunca se deixou levar pelo mal exemplo? De estar agindo de uma forma e ver que as outras pessoas ao seu redor não dão a minima para o que você está fazendo?
A maior influência do LÂMINA CEGA já nos disse em uma de suas letras:
'Como é dificil agir quando se percebe agindo'.
Talvez apenas essas palavras não cheguem ao ponto G do assunto. Mas quem passou. Sabe!
Faça o possível e o impossivel pra fazer alguma coisa acontecer. Pra manter sua atitude em dia.
E olhe as pessoas que você depende e que também dependem de você apenas sentados, observando você trabalhar. Apenas isso...
O mal do ser humano é o comodismo. É achar que apenas um trabalha, e apenas depois desse 'um' chegar ao seu limite é a sua hora de agir. Todos somos assim, não há quem fuja...


'Enquanto todo mundo está falando. Diabos, eu sou apenas outro garoto.
Se fosse comigo
eu diria apenas me deixe em paz. Porque deixar uma maçã podre estragar o maldito barril inteiro?
Agora porque você não diminui minha apatia? Eu teria todas as minhas bases cobertas.
Se eu pudesse ensinar minhas mãos a verem... Mas agora estamos afundados no limite,
onde eles adoram te ver afundar.'


Ás vezes me faltam palavras pra dizer no lâmina cega, mas sempre que me surge algum conflito pessoal e interpessoal procuro vir aqui e desabafar de um modo que ninguém vai entender, porém vai se identificar...


5 de Fevereiro de 2010

sábado, 23 de janeiro de 2010

Blindness.

E se os olhos começassem a fechar? é a história que traz o filme ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. Uma inédita epidemia de cegueira, inexplicável que se abate sobre uma cidade não identificada. O foco do filme, no entanto não é desvendar a causa da doença ou sua cura, mas mostrar o desmoronar completo da sociedade que perde tudo aquilo que considera civilizado. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas e expondo seus instintos mais primários...
Mais do que olhar, importa reparar no outro, só dessa forma o homem se humaniza novamente. Um filme de Fernando Meirelles, ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA é um filme que todos deviam assistir.
(Por: C.R.)

sábado, 16 de janeiro de 2010

O futuro.

Antes de dar continuidade aos posts seguintes, gostaria de prestar alguns esclarecimentos. Primeiramente eu gostaria de agradecer a quem está observando o blog, fico feliz pela repercussão que o LÂMINA CEGA está ganhado, mesmo com uma má divulgação em uma área tão competitiva como essa em que isso não é levado em consideração pela grande maioria. Porém minha ideia nunca foi competir com outros blogs, nem ser seguido, receber visitas ou coisas do tipo... e sim expor minhas ideias! eu geralmente falo muito o que nem sempre costumo fazer, apenas pra tentar fazer as pessoas sentir o que eu sinto. Devemos lembrar sempre que as palavras podem criar tanto felicidade quanto o sofrimento, por tanto por esse meio tento trazer minhas ideias e palavras que inspirem algo de bom para quem está lendo. Quem mandou os e-mails cobrando novos posts agradeço pela atenção, e em breve estarei realizando novos posts.
Estou passando por alguns problemas pessoais na vida atualmente, isso pode vim atrasar um pouco, essas situações nem sempre são acompanhadas só de coisas ruins o lado bom é que trás novas experiências de vida acompanhadas de novas inspirações, normalmente costumo escrever quando tenho algo formado em mente não gosto de escrever só por escrever, termina saindo algo "artificial" como costumo dizer: "prefiro dizer verdades pobres do que mentiras ricas" por esses motivos pode vim a demorar novos textos por aí... e creio que o Elton também segue a mesma linha.
Em relação a eu obter alguma influência de intertextualidade de alguém, eu confirmo que sim! e essa influência vem de grande parte de um grupo chamado COLLIGERE, grupo do qual teve suas atividades encerradas em Novembro de 2008, e fica aí minha dica para quem gosta de ouvir uma boa música acompanhada de uma ideologia formada.
Quem observa o blog agradeço a atenção novamente, e espero vê vocês aqui nos posts seguintes, assim como espero vê cada um de vocês expondo suas ideias em prática também!
(Por: C.R.)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Quando vou-a uma mariposa.

Quem foi embora? lembre-se que por mais presos as prisões psicológicas os humanos ainda tem seu movimento de vida, eles estão sempre indo e vindo... e isto tem um aspecto importante, eles morrem e ainda que morram você não pode fazer nada. Ainda que queira morrer junto com eles, você não terá a mesma experiência após ter morrido.
Quando eles vão embora, seja mudando de cidade, seja morrendo ou apenas esquecendo de você, seja gentil e entenda que eles já podem estar levando algo positivo dentro deles que você tenha proporcionado mesmo você não percebendo. Ás vezes o que pode parecer tão pequeno e simples para você, pode afecta-lo de uma maneira tão diferente que sua percepção não enxerga, seja qual for essa ação e é aí que eles voam e você não se dar conta do que foi levado. Se você proporcionou boas experiências nas mentes deles, certamente serão muito úteis quando eles estiverem na porta final do bardo da vida. Eles também podem ter recebido ensinamentos muito positivos sobre como viveram uma vida mais significativa e feliz, e não estão te menosprezando ao buscarem uma vida plena. Eles estão fazendo o que julgam ser o melhor para eles.
Se você ofereceu ensinamentos e se disponibilizou de lhes dar o que tem de melhor, deixe que estes humanos sejam felizes e faça desejos para que eles possam transmitir da mesma forma coisas boas para outros seres. E lembre-se também, que mesmo na maioria das vezes não sendo humanos livres a essência do ser - humano é de ser livre!
É realmente bom de se pensar que em um breve momento você deixou alguém mais feliz, passado isso... viva sua vida!

Desejo a todos nós um feliz 2010 com força, paz e saúde, e que o resto possamos voar atrás.
(Por: C.R.)