segunda-feira, 26 de julho de 2010

Para você.

Olha só para você meu amigo, marchando por trilhas vulgares, ocupando-se com meras trivialidades...
Qual o custo de todo esse labor? Aonde você acha que irá chegar afinal?
Você não mudará o mundo agindo assim, mas pode mudar a si mesmo sendo um pouco mais individualista. 
Não os deixe que empurrem nada goela abaixo, sinta essa dor, mas também sinta o amor, se desespere com essa situação que o envolve; sinta a raiva e agonia que percorre dentro você agora, que fluí em suas veias...
E no final... Supere, sobreviva e tenha vontade para sobreviver à próxima tormenta que se aproxima, pois os ventos frios e áridos da próxima estação indicam tempos difíceis.
Há dias que tudo parece estar impregnado e tudo é menos que esse enxame de sensações, tudo é menos que folhas secas caídas pelo chão, tudo é menos que nada...
Sensações que você sente e fingi sentir; alegria, rancor, tristeza, vaidade...
E o que há de vim agora?
Culpa. Mentira. Remorso!
Enfim sua falha reflete no mundo e esse mundo existe entre nós.

(Por: C.R)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

domingo.

Pensamentos ao acaso para domingo, para apenas mais um domingo... 
Quem nunca se sentiu melancólico nesse dia que atire a primeira pedra, acordar e perceber que mais um dia se passou, tudo se inicia novamente, sua rotina volta à tona no dia seguinte, trabalho, faculdade, responsabilidades e deveres...
É engraçado como nos sentimos ás vezes, lutamos tanto por certas coisas...
Coisas essas das quais temos que passar por isso antes, então por que reclamarmos?
Eu não sei você, mas a pior parte do meu domingo é quando fico tão entediado que chego a ficar nostálgico ao ponto de lembrar do meu tempo de infância onde não tinha nada disso para cumprir. 
Você sabe... Trabalho, faculdade, responsabilidades, deveres, enfim a maldita rotina que nos mata a cada dia que se passa.
Lembro de como era bom correr pela rua de terra que ficava em algum lugar
desse país, sem nenhuma restrição e com apenas um objetivo em mente, salvar os meus amigos que foram pegos no jogo de esconde-esconde, não era fácil fazerem as minhas pernas obedecerem, mas quando eu finalmente conseguia era um alívio e eu virava o herói da rua, o herói do meu mundo...
Pena que hoje o asfalto cobriu tudo, não só aquela rua, mas grande parte daquela cidade também.
Às vezes eu me pergunto se era essa a vida que eu queria levar, sendo herói dos meus joguinhos infantis, isso também me faz pensar em uma cúpula onde poderia deixar inexorável todos esses momentos de glória, talvez todas essas pessoas da qual faziam parte do meu mundo perfeito e da qual me fazem falta... Desde a minha professora do primário até aquele valentão da escola que fazia eu ter coragem para enfrentar meus medos. 
Medos dos quais alguns eu ainda carrego sobre as costas...
E não sinto vergonha de admitir isso, quem não sente medo?
Talvez eu tenha ido longe demais... Diabos! o que você tem haver com isso afinal?
Hoje eu não fui à igreja... Mas creio eu que Jesus irá me perdoar por isso...
Preferir dar uma volta pelo quarteirão, me sinto bem com toda  essa monotonia de domingo, torna-se tudo tão irônico, comparado com o que vai ser no dia seguinte com...  Você sabe...

Cláudio Rozendo 
Domingo, horas de domingo, minutos de domingo

domingo, 4 de julho de 2010

Pois é buk, Pois é.

Todos nos temos nossos infernos pessoais, aquilo que nos segue no dia a dia, tirando nossa paz, nos entristecendo, e eu, como grande amaldiçoado pelos deuses que sou, ando repleto deles, em especial um que me segue há anos, esta na minha cabeça quando vou dormir, durante meus sonhos, e esta lá, a primeira coisa que penso quando acordo claro, antes de por o pé no chão e pensar “Ah merda, e agora?”. E assim como hoje, o sonho ruim, fez com que meu dia fosse melancólico, pensei em fugir, optar pela bebida, mas mal estava eu curado de uma ressaca daquelas, é Bukowski, sou uma vergonha, não tenho a sua força.

É claro, afinal sou um humano, embora não pareça, ainda sinto coisas, posso sentir dor se me atirar uma pedra, posso ainda, embora raramente, ser atingido por palavras, diabos, o que afinal você pensaria de mim? Que sou uma pedra de gelo? Que não tenho sentimentos? NÃO. Eles ainda estão lá, eu apenas desisti deles, estão guardados, empoeirados, os deixo ali, no cantinho, quietos, quem sabem um dia eu possa usar alguns novamente. E sei que muitas pessoas ainda são assim, tentam parecer frias, egoístas, impiedosas, mas é só para esconder o quão sensíveis são por dentro, Enlouquecem com drogas, sexo e bebidas, para tentar disfarçar o vazio de suas existências, se escondem em suas conchas, pois sem ela, são vulneráveis, eu entendo, pois já sai da minha algumas vezes, e em todas me machuquei, mais ainda não abri mão da minha humanidade, ainda preciso de carinho, de uma boa conversa, de abraços e quem sabe ouvir, mesmo que apenas para agradar um “Vai ficar tudo bem” mesmo eu sabendo que nunca ira ficar bem, todos precisam de alguém em quem confiar... Bom, mas hoje, agora, eu só quero ficar sozinho.

Não tenham medo, saiam de suas conchas, vivam suas vidas, gritem, machuquem, sejam machucados, tudo isso um dia ainda vai servir, é isso que nos faz amadurecer, estamos sozinhos aqui senhores, ninguém nos controla lá do céu, nós somos donos de nossos atos, não permitam que decidam por vós, afinal de contas, somos carne, e sangramos, e depois na morte é só sono eterno, nem ao menos sonharemos, com coisas boas ou ruins, eu no momento, só preciso descansar, ficar aqui no banco, sem minhas pernas, assistindo ao filme ruim de nossas vidas, mas ainda vou voltar a batalha, tenho muito o que viver, tenho muito com o que me decepcionar e quem sabe conquistar, pois eu sei, continuo sensível, ao toque, ao som, eu estou vivo, sou humano, posso sofrer, sorrir, tenho medos, desejos e fragilidades, mas apesar de tudo Bukowski, eu também sou durão.


Pablo Henrique

Velho ranzinza

Pergunto-me se algum dia eu vou escrever algo realmente bom, o problema é esse computador, se eu tivesse uma maquina de escrever, ou soubesse usar papel e caneta, as coisas seriam melhores, os computadores tiraram a virtude de tudo e de todos... Ok, no meu caso, é simples, eu apenas não sei escrever. Mas isso não tira a parcela de culpa dos computadores, eles estragaram uma geração que ja não era tão boa.

Na verdade, essa juventude é um grande monte de bosta, bosta espalhada pelas esquinas, escolas, casas de show, trabalhos, todos os lugares, vivemos numa grande sociedade de bosta, e os computadores tem sua parcela de culpa nisso, é por isso que me tornei mentalmente velho tão rápido, eu não quero fazer parte disso, eu não quero ser jovem, eu não quero fazer parte desse balaio fútil, sem nenhum valor, não vou fazer parte dessa juventude que não questiona que aceita de bom grado tudo que ja vem mastigado pela mídia, tudo que é imposto pelos seus pais, como se os valores deles também não pudessem ser errados.

Eu não quero parecer um rebelde, um pseudo revolucionário de merda, até mesmo por que eu não acredito que algo possa mudar, eu não acredito em revolução, ninguém pode fazer a diferença, ninguém nunca vai mudar o mundo, ou pelo menos nosso país, vamos consumir mentir, destruir até acabar tudo, ou deus voltar tocando flauta em cima de um pogobol e matar tudo e todos, a moda antiga, do jeito que ele adora.

Eu não vejo solução pra isso, por isso, vou simplesmente continuar com minha vida, sendo alheio a tudo e todos, e vocês? Façam o que bem entenderem, e saibam que nunca poderão mudar o mundo, mas podem mudar a vocês mesmos, só existe uma vida, e temos que vive la da melhor forma possível, pois ninguém ira devolver o tempo que jogamos fora, agindo feito maquinas. Eu vou continuar, xingando tudo, mandando tudo pro inferno, intolerante, verídico, uma metralhadora de esterco verbal... Velho ranzinza.


Pablo Henrique

Apresentação

Boa noite pessoal sou o Pablo do blog “meus delírios cotidianos” e a convite do Cláudio Rozendo agora também irei postar no Lamina cega, o que é uma grande honra para mim, participar do blog que venho acompanhando, e admiro muito o conteúdo, minha forma de escrita é semelhante a do Cláudio, os post’s não tem data, nem uma estrutura definida, eles fluem naturalmente, sem se preocupar com tempo ou tamanho, o conteúdo é acido, pois relato meu cotidiano de forma crua e pouco poética , a principio irei colocar alguns textos que já se encontram no meu blog, e pretendo com o tempo colocar conteúdo exclusivo para o lamina cega.

Deixo claro que não sou escritor, sou apenas uma pessoa como qualquer outra, e tenho nisso uma espécie de válvula de escape, e através dos textos que deixo fluir toda minha energia negativa, e tento acalmar a alma portanto, serão poucas, se não nenhuma as vezes que os textos trarão uma mensagem positiva, como diria o saudoso José Saramago "Estamos Afundados Na merda do Mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário".

Espero realmente que gostem dos textos, mas caso contrario todas as criticas destrutivas serão bem aceitas, muito obrigado e até breve.


Pablo Henrique