terça-feira, 12 de junho de 2012

Ao tempo e a desgraça.


Eu não escrevo mais. Eu não debato mais. Eu não questiono mais.
Já não suporto o tédio de não me suportar...
Um café, uma boa companhia.
Olhos nos olhos e um coração a inflamar.
A magia está na oportunidade que se renova a cada situação.
Hoje não. Amanhã sim.
Ou talvez, quem é que sabe?
Logo me encontro, se é assim tão certo...
Num café, em uma boa companhia.
Nos olhos nos olhos ou em um coração a inflamar.
Quem é que sabe?

domingo, 31 de julho de 2011


Hoje ele tomou uma poção para se sentir bem.
Ele quase se fodeu.
Talvez tenha aprendido a lição e nunca mais vai querer sentir essa sensação.
Certo dia nós conversavámos sobre ser e se desfazer.
Não é nada fácil manter a lucidez num sábado a noite.
E você ainda insiste em me lembrar do que eu ainda não fiz.
Eu te digo que ainda há muito tempo e até concordo que não é certo deixá-lo correr sem dar um breve sentido, mas acho que há um modo paralelo de se resolver as coisas.
Este é o meu modo...

Sabe, posso tocar o céu agora. Mas é tão pouco...
Na verdade não é nada, e uma dose de paz me é servida.
Um pouco mais dessa bebida, e eu já nem me lembro de como eram as coisas...
Vou lutar por cada copo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Canção Menor

Se você não quer
Então por que faz?
Se acha ruim
Por que está sorrindo?
Motivos fúteis
Não colam mais
Não tente fingir que está tudo bem
O que vai fazer
Quando a porta bater
Atrás de você
Outro dia igual*...
 
Dead Fish - Canção Menor

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O rei mendigo, o gênio burro.

Fuço o lixo de minhas memórias, encontro apenas restos, tudo danificado, nenhuma delas esta inteira, algumas são tão bonitas, mas faltam pedaços, e estão sujas, tento limpar um fragmento de boa lembrança, corto meu dedo e xingo, jogo-o na parede e peço que o diabo o leve consigo.


A dor é boa, prova pra mim que ainda estou vivo, ver o sangue vermelho quente, é o mais próximo que chego das cores em meu mundo cinza, o sangue borra as folhas em que escrevo minhas lamurias, meu sangue tem cheiro de fuligem, as pessoas passam ao redor, e o que pra elas é abominável, para mim parece lindo.


O texto manchado de sangue na folha é feio, burro, ortografia ridícula, formatação sem pé nem cabeça, mas é real, traz alivio pra dor e luz temporária a escuridão, é o ombro amigo que não encontro em formas vivas e me ajuda, meu querido e burro pedaço de papel, meu grito que não ecoa.


O relógio aponta 00:00 mais um dia de derrota vencido, o céu é negro, a sujeira dessa maldita cidade esconde as estrelas, me indago, quando vou escrever algo bonito, que possa ser dividido e faça bem aos demais, minhas palavras não tem estrelas, só essa lua magra, que parece estar caindo.


Talvez se eu pudesse correr no campo, ou molhar os pés no mar, ou viver entre os animais, talvez se eu pudesse fugir dessa futilidade, e se todas as tvs não sintonizassem feito a minha, ai talvez eu pudesse escrever sobre coisas bonitas e que fizessem olhos brilharem e bocas sorrirem


Escreveria:
Sobre as flores
Sobre os pássaros
Sobre amores
Sobre abraços
Sobre luz
Sobre paz


Mas continuo aqui, escrevendo:
Sobre porres
Sobre mulheres loucas
Sobre fodas vazias
Sobre dor
Sobre o gosto amargo
Sobre deuses mortos


E tento queimar as latas de lixo das minhas lembranças, enquanto a musica pesada que vaza dos fones soca o ar com raiva, enquanto a insônia consome minha lucidez e as noites se arrastam como se não houvesse um fim, e eu juro pelos diabos, que um dia as paginas não terão sangue, e belas palavras vão iluminar outras vidas.

Pablo Henrique

domingo, 2 de janeiro de 2011

Quando vou-a uma mariposa. (Post updated)

Quem foi embora? lembre-se que por mais presos as prisões psicológicas os humanos ainda tem seu 'movimento de vida' eles estão sempre indo e vindo...
E isto tem um aspecto importante, eles morrem e ainda que morram você não pode fazer nada.
Ainda que queira morrer junto com eles, você não terá a mesma experiência após ter morrido.
Quando eles vão embora, seja mudando de cidade, seja morrendo ou apenas 'esquecendo de você' seja gentil e entenda que eles já podem estar levando algo positivo dentro deles que você tenha proporcionado mesmo você não percebendo.

Ás vezes o que pode parecer tão pequeno e simples para você, pode afetá-los de uma maneira tão diferente que sua percepção não enxerga, seja qual for essa ação e é aí que eles voam* e você não se dar conta do que foi levado.
Se você proporcionou boas experiências nas mentes deles, certamente serão muito úteis quando eles estiverem na porta final do bardo da vida.
Eles também podem ter recebido ensinamentos muito positivos sobre como viveram uma vida mais significativa e feliz, e não estão te menosprezando apesar de parecer, apenas estão fazendo o que acreditam ser o melhor para eles.
Se você ofereceu ensinamentos e se disponibilizou de lhes dar o que tem de melhor, deixe que estes humanos sejam felizes e faça desejos para que eles possam transmitir da mesma forma coisas boas para outros seres.

E lembre-se também, que mesmo na maioria das vezes não sendo humanos livres a essência do ser - humano é de ser livre!
É realmente bom de se pensar que em um breve momento você deixou alguém mais feliz, passado isso...
Viva sua vida, pois a vida não é como no teatro...
Só se vive uma vez, você jamais terá a oportunidade de viver este momento nem todos os outros seguintes...
Então é melhor levar uma vida boa com mais otimismo para os próximos momentos que há de vim...
Pois como diz em uma canção: 'A vida ensinou que é tão simples ser feliz.



Basta aceitar que ela é como é


E que às vezes batemos o nosso nariz...'


Desejo a todos nós um feliz 2011 com força, paz e saúde, e que o resto possamos voar atrás. = )

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O alquimista. (Sobre a LIBERDADE e todas as outras coisas...)

É engraçado como a vida nos prega peças, não?
Muitas vezes procuramos por algo que está bem á nossa frente, bem em baixo dos nossos narizes...
Mas mesmo assim preferimos dar a meia volta e marcha para longe... Por trilhas vulgares que em muitas vezes não nos levará á lugar algum...
Corriqueiramente nos pegamos culpando os outros por nossos enganos, quero dizer isso torna-se tão normal que se quer nos damos conta de quando agimos assim.
Vivemos em média agarrados as nossas lembranças, as verdades que foram embora e as promessas que se quebraram, nunca nos contentamos com o que nós possuímos, queremos sempre mais, como se já não bastasse o 'dia das mães', 'dia dos namorados*', 'dia dos pais', 'dia das crianças' o NATAL! entre outros...
Para cada coisa há um dia, e o significado acaba sendo sempre o menos importante no final, e o comercio totalitário e egocêntrico sempre acaba com toda a notoriedade da coisa.
Há mães e pais levando os filhos á escola todos os dias, há namorados andando no parque e trocando carícias todos os dias, há crianças brincando e sorrindo todos os dias, Jesus nasce no coração de cada um a cada instante que se passa...
Não precisamos disso, mas usamos isso como um álibi* para sempre termos MAIS e MAIS...
Não sei onde iremos chegar com tudo isso... com toda essa ganância que nos move e move o mundo onde vivemos...
O álcool, cigarros, o dinheiro, aparência, a televisão e a internet, a religião e o futebol, guerras! e todo tipo de merda para lhe manter exatamente onde querem...
Bem distante do que você realmente é!
Como conseguiremos encontrar a cura, a felicidade o amor e a LIBERDADE longe de nós quando nem se quer nos damos conta de como isso está tão próximo de nós?
Parece complicado não é? Mas não é...
Comum do ser-humano sempre complicar a situação em que se vive.
Para encontrarmos o que realmente queremos devemos primeiramente saber o que há de melhor dentro e próximo de nós, só assim para alçar voo para um caminho onde conseguiremos o que está longe do nosso alcançe.

'A verdadeira LIBERDADE é a capacidade de agir guiado pelo coração, e não compelido por desejos e hábitos.'

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

The smile of each morning.

Alvora, e mais um dia insiste em me acordar.
Para quê? para escutar os mesmos clichês de sempre talvez...
Saio na rua e antes mesmo de dobrar a esquina já tem alguém tentando me vender alguma coisa, seja um empréstimo consignado, cartões de créditos ou de qualquer outra loja, cursos, tratamentos odontológicos, vejo anúncios em parabrisa de carro, recebo panfletos e um deles traz o seguinte "JOGA-SE BÚZIOS, TRAGO A PESSOA AMADA EM ATÉ 7 DIAS" e qualquer outra merda!
Sempre tem alguém tentando nós comprar, sempre tem alguém tentando vender a resolução dos nossos problemas já percebeu isso? eu já...
Nas ruas da cidade há o mesmo caos de sempre você sabe, barulho, carro, poluição, engarrafamento!
Sem contar essa tal guerra urbana que parece crescer a cada dia que se passa, pessoas correm amedrontadas das grandes balas de ferro, o noticiário relata que já vencemos mas eu acho que não há vitórias em provocar a dor, talvez sim em evitá-las...
E não diga que isso acontece só aqui, pois em todos os lugares está assim... Acho que estamos em uma verdadeira guerra talvez, onde nunca haverá vencedores.  
É engraçado como as pessoas estão sempre com pressa, correndo e tão alvoroçadas, vão indo e vindo mas nunca ficam em algum lugar, sempre querem chegar em algum lugar, talvez seja por isso que muita gente nessa vida nunca chega há lugar algum.
O cheiro de cigarro paira no ar, cheiro de merda e mijo nas principais vias da metrópole, há poluição em todos os lugares, nuvem no céu, mesmo estando tão acima não fica impune disso aqui.
Podridão...
Falta emprego aqui, isso vai faltar sempre...
Falta comida aqui e até mesmo água, falta afeto* grande corporação, pequena corporação.
ATRAÇÃO, BEIJO AMOR...
Falta até as chamadas "boas maneiras" um "bom dia", "obrigado", "como você está?" isso também vai faltar sempre...
Sempre tem alguém tentando nós comprar ou tentando nós vender, sempre vai ter...
Mas nunca existe um rosto...
A placa de aluga-se, procura-se, vende-se na esquina.
Tudo cresce mesmo amontoando, a árvore poderia crescer ali, se ali fosse gramado, não cresce!
Cresce concreto invés disso, escorre feito lama, por tudo quanto é canto.
Cinza para tudo quanto é lado, asfalto, concreto, plástico, metal, rostos enrugados, ninguém sorrindo, todos  preocupados e correndo para algum lugar, todos querendo chegar em algum lugar, mas nunca chegam...
Um desespero de leve de pensar nisso tudo e não ter para onde fugir porque só existe esse mundo aqui...
É... quase não dá pra ver beleza no meio de tudo isso.

 

Quase... = )