domingo, 31 de julho de 2011


Hoje ele tomou uma poção para se sentir bem.
Ele quase se fodeu.
Talvez tenha aprendido a lição e nunca mais vai querer sentir essa sensação.
Certo dia nós conversavámos sobre ser e se desfazer.
Não é nada fácil manter a lucidez num sábado a noite.
E você ainda insiste em me lembrar do que eu ainda não fiz.
Eu te digo que ainda há muito tempo e até concordo que não é certo deixá-lo correr sem dar um breve sentido, mas acho que há um modo paralelo de se resolver as coisas.
Este é o meu modo...

Sabe, posso tocar o céu agora. Mas é tão pouco...
Na verdade não é nada, e uma dose de paz me é servida.
Um pouco mais dessa bebida, e eu já nem me lembro de como eram as coisas...
Vou lutar por cada copo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Canção Menor

Se você não quer
Então por que faz?
Se acha ruim
Por que está sorrindo?
Motivos fúteis
Não colam mais
Não tente fingir que está tudo bem
O que vai fazer
Quando a porta bater
Atrás de você
Outro dia igual*...
 
Dead Fish - Canção Menor

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O rei mendigo, o gênio burro.

Fuço o lixo de minhas memórias, encontro apenas restos, tudo danificado, nenhuma delas esta inteira, algumas são tão bonitas, mas faltam pedaços, e estão sujas, tento limpar um fragmento de boa lembrança, corto meu dedo e xingo, jogo-o na parede e peço que o diabo o leve consigo.


A dor é boa, prova pra mim que ainda estou vivo, ver o sangue vermelho quente, é o mais próximo que chego das cores em meu mundo cinza, o sangue borra as folhas em que escrevo minhas lamurias, meu sangue tem cheiro de fuligem, as pessoas passam ao redor, e o que pra elas é abominável, para mim parece lindo.


O texto manchado de sangue na folha é feio, burro, ortografia ridícula, formatação sem pé nem cabeça, mas é real, traz alivio pra dor e luz temporária a escuridão, é o ombro amigo que não encontro em formas vivas e me ajuda, meu querido e burro pedaço de papel, meu grito que não ecoa.


O relógio aponta 00:00 mais um dia de derrota vencido, o céu é negro, a sujeira dessa maldita cidade esconde as estrelas, me indago, quando vou escrever algo bonito, que possa ser dividido e faça bem aos demais, minhas palavras não tem estrelas, só essa lua magra, que parece estar caindo.


Talvez se eu pudesse correr no campo, ou molhar os pés no mar, ou viver entre os animais, talvez se eu pudesse fugir dessa futilidade, e se todas as tvs não sintonizassem feito a minha, ai talvez eu pudesse escrever sobre coisas bonitas e que fizessem olhos brilharem e bocas sorrirem


Escreveria:
Sobre as flores
Sobre os pássaros
Sobre amores
Sobre abraços
Sobre luz
Sobre paz


Mas continuo aqui, escrevendo:
Sobre porres
Sobre mulheres loucas
Sobre fodas vazias
Sobre dor
Sobre o gosto amargo
Sobre deuses mortos


E tento queimar as latas de lixo das minhas lembranças, enquanto a musica pesada que vaza dos fones soca o ar com raiva, enquanto a insônia consome minha lucidez e as noites se arrastam como se não houvesse um fim, e eu juro pelos diabos, que um dia as paginas não terão sangue, e belas palavras vão iluminar outras vidas.

Pablo Henrique

domingo, 2 de janeiro de 2011

Quando vou-a uma mariposa. (Post updated)

Quem foi embora? lembre-se que por mais presos as prisões psicológicas os humanos ainda tem seu 'movimento de vida' eles estão sempre indo e vindo...
E isto tem um aspecto importante, eles morrem e ainda que morram você não pode fazer nada.
Ainda que queira morrer junto com eles, você não terá a mesma experiência após ter morrido.
Quando eles vão embora, seja mudando de cidade, seja morrendo ou apenas 'esquecendo de você' seja gentil e entenda que eles já podem estar levando algo positivo dentro deles que você tenha proporcionado mesmo você não percebendo.

Ás vezes o que pode parecer tão pequeno e simples para você, pode afetá-los de uma maneira tão diferente que sua percepção não enxerga, seja qual for essa ação e é aí que eles voam* e você não se dar conta do que foi levado.
Se você proporcionou boas experiências nas mentes deles, certamente serão muito úteis quando eles estiverem na porta final do bardo da vida.
Eles também podem ter recebido ensinamentos muito positivos sobre como viveram uma vida mais significativa e feliz, e não estão te menosprezando apesar de parecer, apenas estão fazendo o que acreditam ser o melhor para eles.
Se você ofereceu ensinamentos e se disponibilizou de lhes dar o que tem de melhor, deixe que estes humanos sejam felizes e faça desejos para que eles possam transmitir da mesma forma coisas boas para outros seres.

E lembre-se também, que mesmo na maioria das vezes não sendo humanos livres a essência do ser - humano é de ser livre!
É realmente bom de se pensar que em um breve momento você deixou alguém mais feliz, passado isso...
Viva sua vida, pois a vida não é como no teatro...
Só se vive uma vez, você jamais terá a oportunidade de viver este momento nem todos os outros seguintes...
Então é melhor levar uma vida boa com mais otimismo para os próximos momentos que há de vim...
Pois como diz em uma canção: 'A vida ensinou que é tão simples ser feliz.



Basta aceitar que ela é como é


E que às vezes batemos o nosso nariz...'


Desejo a todos nós um feliz 2011 com força, paz e saúde, e que o resto possamos voar atrás. = )